terça-feira, 15 de julho de 2014

Wallon


 RITMO DO DESENVOLVIMENTO
  • Ritmo das etapas é descontínuo, marcado por rupturas, retrocessos e reviravoltas
  • Cada etapa traz uma mudança nas formas de atividade do estágio anterior
  • Condutas típicas de etapas anteriores podem sobreviver nas seguintes, configurando encavalamentos e sobreposições
  • A passagem de um estágio para o outro é uma reformulação e não uma ampliação
-CONFLITOS:
  • Exógenos: Resultado dos desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior - adultos e cultura
  • Endógenos: Gerados pelos efeitos da maturação nervosa
  • Até que se integrem aos centros responsáveis por seu controle, as funções recentes ficam sujeitas a aparecimentos intermitentes e entregues a si mesmas, em atividades desajustadas das circunstâncias exteriores
  • Desorganiza, conturba as formas de confuta que já eram estáveis na relação com o meio


DESENVOLVIMENTO E ETAPAS:
- Psicogenética Walloniana tem como o homem um ser global 
- Afetividade, ato motor e a inteligência são campos que agrupam a diversidade das funções psíquicas - campos funcionais que se distribui a atividade infantil
- Vão adquirindo independência um do outro aos poucos
- Construção progressiva em que se sucedem fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva
- Predominância funcional: predomínio da afetividade ou cognição nas etapas do desenvolvimento
- Cada nova fase inverte a orientação da atividade e do interesse da criança: do eu para o mundo, das pessoas para as coisas 
- Essa inversão é o Princípio da Alternância Funcional
      AFETIVA
  • Subjetivo
  • Acúmulo de energia
  • Relações com o mundo humano
  • Construção do Eu
    COGNITIVA
  • Objetiva
  • Dispêndio de energia
  • Caráter intelectual
  • Elaboração do real e mundo físico
   ESTÁGIOS:
  1.  IMPULSIVO-EMOCIONAL

  • 1º ano de vida
  • Emoção - instrumento de interação da criança com o meio
  • Afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas
  • Pessoas intermediam a relação do bebê com o mundo físico
  • A quantidade de manifestações afetivas é proporcional à inaptidão para agir diretamente na realidade exterior
  • Afetividade impulsiva - contato físico

DIFERENCIAÇÃO
  • O recém-nascido não se percebe como indivíduo diferenciado, se mistura com a sensibilidade do ambiente 
  • Até que a criança saiba identificar sua personalidade e a dos outros, encontra-se num estado de dispersão e indiferenciação
  • Fundida ao outro e aderida às situações e circunstâncias
  • O processo de socialização é de crescente individuação
  • Os limites pessoais ocorridos aqui se desfazem no enamoramento, na paixão, o enamorado não distingue entre o seu desejo e o do seu parceiro, é quase total a mistura do eu ao outro

    2.    SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO
  • Até o 3º ano
  • Exploração sensório motora do mundo
  • Aquisição de marcha e preensão possibilitam autonomia de manipulação de objetos e exploração de espaços
  • Desenvolvimento da função simbólica e linguagem
  • Projetivo: Característica do funcionamento mental, ainda nascente
  • O pensamento precisa de auxilio de gestos para se exteriorizar, ato mental projeta-se em atos motores
  • Predominam relações cognitivas com o meio ( inteligência prática e simbólica)

O EU CORPORAL
  • É pela interação com os objetos e com seu corpo que a criança estabelece relações entre seus movimentos e sensações experimentadas, a diferença de sensibilidade existente entre o que é do mundo exterior e o que pertence à seu próprio corpo
  • Constrói-se o Recorte Corporal 
  • 1ª etapa da construção do Eu Corporal: diferenciação no impulsivo-emocional
  • 2ª etapa: junção do corpo como tal sentido pelo próprio sujeito à sua imagem tal como vista pelos outros
  • Beneficiado pelo desenvolvimento das condutas instrumentais e da função simbólica

    3.  PERSONALISMO
  • 3 a 6 anos
  • Formação da personalidade
  • Construção da consciência de si, se dá pelas interações sociais
  • Diferenciação ocorre
  • Reorienta o interesse da criança para as pessoas 
  • Predominância das relações afetivas
  • Incorpora recursos intelectuais - linguagem - desenvolvidos ao longo do sensório-motor e projetivo
  • Afetividade simbólica - exprimida por palavras e ideias
  • Troca afetiva pode se dar à distância, deixa de ser indispensável a presença física das pessoas 
  • Sucessão de conflitos interpessoais que expulsão e incorporam o outro, são movimentos complementares e alternantes no processo de formação do Eu
O EU PSÍQUICO
  • A construção do Eu Corporal é condição para a constituição do Eu Psíquico
  • Tarefa central do Personalismo
  • Indifirenciada, a criança se vê fundida nos objetos e nas situações familiares, misturando sua personalidade à dos outros
  • A consciência de si está acabada 
  • Personalidade sem contornos definidos, Sincrética
  • Refere-se a si mesma em 3ª pessoa
  • O 3º ano da criança muda tudo isso
  • Etapa de Crise:
     CRISE DE OPOSIÇÃO
  • Opõe-se ao que distingue como diferente dela, o não-eu
  • Combate qualquer ordem, convite e sugestão que venha do outro
  • Busca o confronto a fim de testar a independência da sua personalidade recém-desdobrada
  • Esforça-se para ter papel de destaque e status de vencedor, utilizando de circunstâncias favoráveis e recursos elaborados como: manifestações de ciúme, trapaças, acessos de tirania, dissimulação
  • Exacerbação do ponto de vita pessoal é um movimento necessário para destacar da massa difusa em que se encontra sua personalidade, noção do eu
  • Exercícios de oposição + progressos da função simbólica fazem com que a criança deixe de confundir sua existência com tudo o que ela participa
  • Reduzem o sincretismo da personalidade, ganhando autonomia e deixando de ser volatilizada pelas circunstâncias
  • Emocional na vivência de seus conflitos
  • Expulsão do outro
  • Fase negativista
    IDADE DA GRAÇA
  • Fase mais positiva, substitui a Crise de Oposição
  • Primeiro momento: sedução, idade da graça
  • Exuberância e harmonia dos movimentos da criança e por seu empenho em ganhar admiração dos outros, da qual tem uma necessidade para admirar a si própria
  • A necessidade dessa aprovação é resíduo da participação que antes lhe misturava no outro
    IMITAÇÃO
  • Segundo momento
  • A criança imita as pessoas que a atraem
  • Incorporam atitudes, papel social num movimento de reaproximação ao outro
  • Necessário para o enriquecimento do eu e o alargamento de suas possibilidades
  • Incorporação do outro

   4.   CATEGORIAL
  • +- 6 anos
  • Traz importantes avanços no plano da inteligência graças à consolidação da função simbólica e diferenciação da personalidade dos estágios anteriores
  • Progressos intelectuais dirigem o interesse para as coisas, conhecimento e conquista do mundo exterior
  • As relações com o meio são imprimidas pelo aspecto cognitivo
  • Afetividade cada vez mais racionalizada - sentimentos elaborados no plano mentas- jovens teorizam sobre suas relações afetivas
   5.   ADOLESCÊNCIA
  • Crise pubertária rompe a tranquilidade afetiva conquistada no categorial
  • Impõe-se a necessidade de uma nova definição dos contornos da personalidade, desestruturados pelas modificações corporais resultantes da ação hormonal
  • Traz questões pessoais, morais e existenciais
  • Retomada da predominância da afetividade
  • Nova Crise de Oposição
  • Mesma função da crise personalista
  • Mais sofisticada intelectualmente, já que a conduta do sujeito incorpora as conquistas cognitivas conquistadas no estágio Categorial
  • Apoia suas oposições em sólidos argumentos intelectuais
  • Positiva: oposições sistemáticas são exemplos de conflitos dinamogênicos
  • Importante recurso para a construção da identidade - individual ou coletiva- 
  • Indício de uma necessidade de autonomia
- Afetividade e Cognição ao reaparecer como predominante num dado estágio, incorpora as conquistas realizadas pela outra, construindo-se reciprocamente num permanente processo de integração e diferenciação
- A incorporação dessas predominâncias uma na outra explica-se pelo Princípio de Integração funcional
- Princípio extraído do processo de maturação do sistema ervoso, no qual as funções mais evoluídas, de amadurecimento mais recente, não suprimem as mais arcaicas, as exercem um controle sobre elas
- As funções elementares vão perdendo a autonomia conforme são integradas pelas mais aptas para adequar as reações às necessidades da situação
- Enquanto não se consolida essa integração as funções ficam sujeitas a aparições intermitentes = funções psíquicas desintegradas  são desajustadas de objetivos exteriores, entregues a si mesmas
- Esse tipo de ação que não tem objetivo nas circunstâncias exteriores é chamada de Jogo Funcional
- Integrações podem ser provisoriamente desintegradas, explicando os frequentes retrocessos que é marca do desenvolvimento
- Retrocessos = reaparecimento de formas mais arcaicas de atividade

AS EMOÇÕES: ENTRE O ORGÂNICO E O PSÍQUICO
  • Demonstra a utilidade da dialética como método de análise
  • Emoção tem origem na consciência, operando a passagem do mundo orgânico para o social, fisiológico para psíquico
  • Wallon tenta compreendê-las com base em suas funções
  • São reações organizadas e que se exercem sob o comando do sistema nervoso central
  • Possuem seu próprio centro de comando, demonstrando sua utilidade, se não fossem necessárias não existiriam centros nervosos responsáveis pela sua regulação
  • Aparecem reduzidas por serem subordinadas ao controle das funções psíquicas superiores
  • Ação sobre o mundo exterior objetivo, enfatizando seus efeitos sobre os automatismos motores e a ação mental
  • Primeira atividade eficaz: desencadear reações de ajuda no outro para satisfazer suas necessidades ( bebê)
  • O outro age visando atender às necessidades mas também para se comunicar com o bebê, desenvolvendo entre eles uma comunicação afetiva, diálogos baseados em componentes corporais e expressivos
  • Pelo outro, o movimento deixa de ser apenas espasmo ou descarga impulsiva, passa a ser expressão, afetividade exteriorizada
     EMOÇÕES:
  • Assim como sentimentos e desejos, são manifestações da vida afetiva
  • Sempre acompanhadas de alterações orgânicas (batimento cardíaco, respiração, sudorese)
  • Alterações mímicas faciais, postura, forma de executar gestos
  • Modificações visíveis do exterior, expressivas
  • Caráter contagioso e poder mobilizador do meio humano
  • Vinculadas à como o tônus se forma, conserva ou consome
  • Através do choro houve a descarga de tensão que a impedia de relaxar
  • Nutre-se do efeito que causa no outro
    AFETIVIDADE:
  • Conceito mais abrangente
  • Cognição e plano representacional
  • No bebê são vividos como sensações corporais, expressos por emoção
  • Com a linguagem diversificam-se e ampliam-se os motivos dos estados afetivos e os recursos para expressão
  • Tornam-se possíveis manifestações afetivas como SENTIMENTOS -> ato de significar, diferentes da emoção, não implicam em alterações corporais visíveis
  • O afeto começa a poder ser evocado por situações abstratas e ideias e podem ser expressas por palavras

GRUPO SOCIAL E ATIVIDADE INTELECTUAL
  • Crises emocionais: o sujeito mergulha-se completamente nos efeitos da emoção e perde o  controle sobre suas próprias ações
  • A tendência é que os efeitos da emoção acabem caso não haja reações do meio
  • Pelo seu poder de contágio, as emoções propiciam relações interindividuais nas quais diluem-se os contornos da personalidade de cada um
  • Essa tendência e fusão explica o estado de simbiose com o meio em que a criança se encontra no início do desenvolvimento
  • Apaga-se a noção de individualidade, comunhão imediata, independe de relações intelectuais
  • A importância dessas manifestações emocionais diminui conforme o grupo disponha de outros recursos ( técnicos e intelectuais) para garantir coesão e adaptação ao meio.
  • Emoções aparecem como primeira forma de adaptação ao meio e tendem a ser suplantadas por outras formas de atividades psíquicas
  • Caso das Funções Intelectuais, na psicogênese vão adquirindo importância progressiva como forma de interação com o meio
  • Linguagem como instrumento
  • Permitindo acesso à linguagem, a emoção está na origem da atividade intelectual, pelas interações sociais que propicia, possibilita o acesso ao universo simbólico da cultura
  • Uma vez instaurada, a atividade intelectual será antagônica às emoções
  • + emoção - desempenho intelectual e reflexão objetiva
  • Emoção embaça a percepção do real, impregnando-lhe subjetividade e dificultando reações intelectuais coerentes
  • Atividade intelectual voltada para a compreensão das causas de uma emoção reduz seus efeitos, uma crise emocional tende a se dissipar pela atividade reflexiva
  • A relação emoção-razão é de filiação e ao mesmo tempo de oposição
DIMENSÕES DO MOVIMENTO
  • Além de seu papel na relação com o mundo físico - motricidade de realização-, o movimento participa na efetividade e na cognição
  • A atividade muscular pode existir sem que o corpo se desloque no espaço
  • A primeira função do movimento no desenvolvimento infantil é afetiva
  • Musculatura tem duas funções: Cinética e Postural/Tônica
  • Cinética: regula o estriamento e o encurtamento das fibras musculares, responsável pelo movimento
  • Postural/Tônica: regula a variação no grau de tensão - tônus - dos músculos
  • As regulações tônicas são responsáveis pela estabilidade dos gestos e o equilíbrio do corpo
  • A função postural está ligada a atividade intelectual, dá sustentação à atividade de reflexão mental
  • É como se as variações tônicas desobstruíssem o fluxo mental
  • Variações tônicas refletem o curso do pensamento, a reflexão pode ser acompanhada por mudanças na feição e postura
  • A percepção está ligada à função tônica, o corpo inteiro adota a posição mais adequada para a percepção
  • De acordo com as sensações experimentadas em acada situação, a percepção vai se aprimorando, e a criança vai tomando consciência das realidades externas
  • Por meio da impregnação perceptivas, a criança torna-se capaz de reproduzir cenas após tê-las presenciado, IMITAM
  • A imitação é uma forma de atividade que revela as origens motoras do ato mental, a criança recorre ao gesto para complementar a expressão do seu pensamento
  • Mentalidade Projetiva: o ato mental projeta-se em atos motores 
  • No faz-de-conta compreende-se a origem corporal da representação
  • O movimento é capaz de tomar presente o objeto e de substituí-lo
  • Esses gestos simbólicos, SIMULACROS, estão na origem da representação
  • Com o fortalecimento das funções intelectuais, do processo ideativo, reduz-se o papel do movimento na atividade cognitiva
  • Os progressos da atividade cognitiva fazem com que o movimento se integre à inteligência
  • A criança torna-se capaz de prever mentalmente a sequência e as etapas de atos motores cada vez mais complexos.
  • Os gestos começam a serem especializados, vinculado ao ambiente cultural, já que espera-se o uso correto dos objetos
  • A tendência dos gestos é a dua progressiva objetificação, cada cultura possui suas especificidades no processo de objetivação e internalização do movimento (subjetivo)
PENSAMENTO, LINGUAGEM E CONHECIMENTO
  • A linguagem é o instrumento do pensamento
  • A linguagem exprime o pensamento ao mesmo tempo que age como estruturadora do mesmo
  • Wallon tem como objeto privilegiado de seu estudo sobre a inteligência, o pensamento discursivo - verbal
  • Com a aquisição da linguagem, a criança deixa de reagir aquilo que se impõe concretamente à sua percepção, descolando-se das ocupações ou solicitações do instante presente, passa a adiar, fazer projetos
  • É uma mudança radical na forma da criança se relacionar com o mundo
  • Ao substituir a coisa, a linguagem oferece à representação mental um meio de evocar objetos ausentes 
  • Objetos e situações concretas passam a ter equivalentes em imagens e símbolos, podendo ser operados no plano mental de forma cada vez mais desvinculada da experiência pessoal e imediata
DINÂMICA DO PENSAMENTO INFANTIL
  • Regido por uma dinâmica binária, compondo em pares os objetos mentais
  • No início são conhecidas por contraste, a unidade é o resultado de um processo de diferenciação
  • Os termos se associam independentemente de sua significação objetiva
  • Associam-se por critérios afetivos ou influências de aspectos sensório-motores da linguagem - analogia fonética e assonância
  • Pode associar uma ideia à outra mais pela sonoridade das palavras do que por coerência de sentido ou contexto da frase
  • Dimensão poética na linguagem infantil por associar por sonoridade
PENSAMENTO SINCRÉTICO
  • Sincretismo como principal característica do pensamento infantil
  • Caráter confuso e global do pensamento e percepção infantil
  • Atividade mental que percebe e representa a realidade de forma indiferenciada
  • Misturam-se aspectos fundamentais: sujeito-objeto pensado, objetos, noções e processos fundamentais de cuja diferenciação dependem os progressos da inteligência
  • Tudo pode se ligar a tudo: representações do rela - ideias, imagens- se combinam de várias formas, aproximando das associações livres da poesia e não da lógica formal
  • Impregnação afetiva nas definições e explicações do real
  • Até que a inteligência se diferencie da afetividade, tende a representar os objetos e situações misturando os motivos afetivos e objetivos de suas experiências
  • Decisivo para que o pensamento atinja uma representação mais objetiva da realidade, pois substitui as referências pessoais por signos convencionais, referências objetivas
  • Criações artísticas - livre associação, analogias, predominância dos aspectos sensório-motores e afetivos sobre a conotação objetiva das palavras
  • Misturar ou confundir ideias possibilita o surgimento de relações inéditas
PENSAMENTO CATEGORIAL
  • Intensificam as diferenciações necessárias para a diminuição do sincretismo no pensamento
  • Diferenciações reduzem o sincretismo na personalidade
  • Capacidade de formar categorias
  • Organizar o real em séries, classes, apoiadas sobre um fundo simbólico estável
  • Favorece a objetivação do real
  • Separação entre qualidade e coisa
  • Qualidade é um atributo da coisa à qual se liga
  • Para a formação de categorias gerais abstratas é necessário que os atributos e as circunstâncias sejam vistas como independentes a fim de poderem se ligar à outros objetos- recombinar
  • Separando qualidade de coisa, permite a análise e síntese, generalização, comparação, diferenciação dos objetos entre si e tarefas essenciais do conhecimento
  • Amadurecimento dos centros de inibição e discriminação
  • Redução da instabilidade e perseveração no plano motor
  • Discriminação e inibição ajudam a diminuir o sincretismo
  • Sem discriminar, os objetos do pensamento, precariamente delimitados, misturam-se aos outro, acarretando confusões de significado ou desvio de assunto
  • Os instrumentos simbólicos - palavras, imagens, outros signos - funcionam como referências fixas que permitem distinguir a fração oportuna dos excitantes dispersivos que vem do ambiente, confrontando as impressões presentes, objetos ausente, possibilitando que o pensamento se proteja de contaminações e desvios
  • A interação com o conhecimento formal propicia que o pensamento se aproprie das diferenciações já feitas pela cultura, contribuindo para a realização das diferenciações que o indivíduo deve fazer
  • Na história percebe-se que as categorias de pensamento vigentes são reformuladas, sendo o progresso intelectual resultado de conflitos
" A ótica walloniana constrói uma criança corpórea, concreta, cuja eficiência postural tonicidade muscular, qualidade expressiva e plástica dos gestos informam seus estados íntimos. Supõe-se que a sua instabilidade postural se reflete nas suas disposições mentais, que a sua tonicidade muscular dá importantes informações sobre seus estados efetivos"
  • Os progressos da inteligência se dão no sentido de uma compreensão global e subjetiva do real para a compreensão mais diferenciada e objetiva
  • Sincretismo dá lugar ao pensamento categorial
  • Os recursos intelectuais enriquecem as possibilidades do eu, ampliando-o e flexibilizando-o
  • O processo de construção da personalidade traz como necessidade fundamental a expressão do eu
  • Exteriorizar-se, colocar-se em confronto com o outro, organizar-se
  • O meio é o campo sobre o qual a criança aplica as condutas de que dispõe e ao mesmo tempo, é dele que retira os recursos para sua ação
  • A escola ao possibilitar uma vivência social diferente do grupo familiar, desempenha um importante papel na formação da personalidade da criança
  • Ao participar de grupos variados, a criança assume papéis diferenciados e obtém uma noção mais objetiva de si própria
  • Propõe escola engajada, inserida na sociedade e na cultura, comprometida com o desenvolvimento dos indivíduos, numa prática que integre a dimensão social e individual
  • A psicologia genética oferece recursos para a construção de uma prática mais adequada às necessidades e possibilidades de cada etapa do desenvolvimento infantil
  • A educação não deve ter por meta somente o desenvolvimento intelectual, mas a pessoa como um todo